Cristianismo histórico e a teoria crítica – DMBFinance
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Teologia

Cristianismo histórico e a teoria crítica

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Muitos cristãos reconhecem o quanto o nosso mundo está em pedaços- racismo, a pobreza e a exploração – e com razão querem fazer algo sobre isso. A teoria crítica contemporânea pode ser uma forma atraente de olhar para o mundo, porque parece ser uma abordagem amorosa e centrada nos outros.

Mas o problema da teoria crítica é que não se trata apenas de um conjunto de ideias ela é uma cosmovisão, uma forma de ver o mundo que responde a perguntas como: “Quem somos nós? Por que estamos aqui? O que há de errado com o mundo? Como esse problema pode ser resolvido? Qual é o sentido da vida?

Quando as pessoas adotam os princípios da teoria crítica, as suas respostas a essas questões são filtradas através dessa lente. Não é de admirar, então, que a teoria crítica esteja em contradição com o cristianismo em muitos pontos.

Quem somos nós?

De acordo com o cristianismo histórico, nós somos seres humanos feitos à imagem de um santo, amoroso e justo Deus. Conforme a teoria crítica, a nossa identidade não se encontra no que fomos criados para sermos mas na forma como nos relacionamos com outros grupos segundo as definições de classe, gênero, preferência sexual, e por aí adiante.

O que há de errado com o mundo?

De acordo com o cristianismo histórico, o pecado contra um Deus santo é o que está errado com o mundo. De acordo com a teoria crítica, a opressão é o que está errado.

Como esse problema pode ser resolvido?

De acordo com o cristianismo histórico, o problema do pecado é solucionado por Jesus tomar sobre si o castigo dos nossos pecados, morrendo a morte que era nosso merecimento para, assim, nos reconciliar com Deus.

Mas, de acordo com a teoria crítica, o problema da opressão é solucionado pelo ativismo, pela conscientização e pela deposição dos sistemas opressivos e seu poder.

Qual é o sentido da vida?

De acordo com o cristianismo histórico, vivemos para glorificar a Deus. De acordo com a teoria crítica, é para libertar grupos da opressão.

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Teologia

A Salvação: Passada, Presente e Futura no pensamento de Francis A. Schaeffer

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A Bíblia relata que, em um ponto da história, a humanidade e o mundo caíram em desgraça. Apesar da aparente falha na criação de seres morais e racionais, a vinda, morte e ressurreição de Cristo representaram uma vitória necessária.

Até a segunda vinda de Cristo, a ausência de paz universal na terra sugere que a vitória na cruz não é plenamente evidente. No entanto, a Escritura destaca que os crentes são uma raça eleita, um sacerdócio real, destinados a proclamar as virtudes daquele que os chamou da escuridão para a luz maravilhosa.

Essa designação reflete a intenção divina de evidenciar a realidade da vitória na cruz durante o período entre a crucificação e a segunda vinda de Cristo. (Referência: 1 Pedro 2.9,10).

A passagem destaca que os cristãos têm um propósito específico nesta vida

Proclamar a glória de Deus e evidenciar a vitória de Cristo na cruz. A simples afirmação de doutrinas corretas não basta; é crucial como essas doutrinas são comunicadas.

O cristão não deve apenas pregar o Evangelho, mas também buscar a orientação do Espírito Santo. A vida cristã na terra deve refletir uma realidade sobrenatural pela fé, uma vida que não será repetida na eternidade.

É incumbência dos cristãos, em cada geração, serem a demonstração viva da existência de Deus e da realidade do mundo espiritual.

Cada cristão deve ser essa demonstração em sua própria geração, contribuindo para uma demonstração acumulativa ao longo dos séculos.

Os cristãos são chamados a demonstrar não apenas princípios morais, mas o caráter e a existência de Deus. Essa vocação é fundamentada no poder do Cristo crucificado e ressurreto, e na ação do Espírito Santo, operando pela fé.

Essa compreensão se encaixa na unidade do ensino bíblico sobre a carreira do cristão, que aborda a natureza sobrenatural do universo e a salvação oferecida por Cristo.

A visão Cristã Sobre a Salvação

A salvação, na visão cristã, envolve a justificação divina, na qual Deus declara retirada a culpa do pecador com base na obra vicária de Cristo na cruz. A morte de Cristo tem um valor infinito e cobre todo pecado e culpa daqueles que se aproximam Dele com fé.

A justificação, vista de acordo com a perspectiva bíblica, é irrevogável e absoluta, uma vez que Cristo levou sobre Si o castigo de todo o pecado do crente, passado, presente e futuro. Não há graus de justificação; ou alguém é cristão, justificado por Deus, ou não é.

No entanto, a salvação abrange mais do que apenas a justificação; inclui também a glorificação futura e a santificação presente.

Enquanto a justificação não tem graus, a santificação, que envolve o relacionamento atual do crente com Deus, pode variar em graus entre diferentes cristãos e ao longo da vida pessoal de cada um. A santificação lida com o poder do pecado na vida do crente e pode variar em intensidade.

A salvação não é apenas a justificação seguida de um vazio até a morte; é uma unidade contínua que flui da justificação, passando pela santificação até a glorificação.

Passagens Bíblicas

As passagens bíblicas, como Romanos 8:28-30 e Romanos 5:1-5, demonstram que a salvação é um processo contínuo que abrange todos os aspectos da vida cristã, não apenas a justificação. A palavra “salvação” engloba todo o processo de redenção, incluindo a justificação, santificação e glorificação.

A santificação é crucial para o cristão no presente, pois é o processo contínuo de conformação à imagem de Cristo. A salvação é uma unidade e, ao aceitar Cristo, o crente volta ao propósito original para o qual foi criado.

A Bíblia afirma que o propósito do ser humano é amar a Deus de todo o coração, alma e entendimento, o que implica uma comunicação genuína com Ele.

Ao aceitar a Cristo como Salvador, o ser humano retorna ao propósito original para o qual foi criado. Isso resulta em uma nova e viva relação com cada pessoa da Trindade.

Primeiro, Deus o Pai se torna Pai do crente por adoção. Segundo, o crente entra em uma nova relação com Deus o Filho, conhecida como união mística com Cristo.

Conclusão

Por último, o crente entra em uma nova modalidade de relação com o Espírito Santo, que passa a habitar nele. Essa nova relação com o Espírito Santo é evidência da vida cristã genuína e é uma promessa cumprida após a ascensão de Cristo e o Pentecostes.

A presença do Espírito Santo em nós é uma marca distintiva dos verdadeiros seguidores de Cristo.

Cristo prometeu enviar o Espírito Santo como Consolador, garantindo que não ficaríamos órfãos, pois Ele estaria conosco através do Espírito Santo.

Ao aceitarmos a Cristo como Salvador, somos habitados pelo Espírito Santo e entramos em comunicação com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

A base da salvação não é nossa fé, mas sim a obra consumada por Jesus Cristo na cruz. A fé é o instrumento pelo qual aceitamos essa obra de Cristo.

A santificação e a segurança são garantidas pela mesma base, a obra de Cristo, mas operam em momentos diferentes:

A justificação ocorre uma vez por todas, enquanto a santificação é um processo contínuo, momento após momento. Viver a vida cristã através do poder de Cristo, por meio do Espírito Santo e pela fé, traz gozo, paz e esperança.

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Teologia

Jesus a Verdade e a Vida

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Jesus a verdade – “Jesus respondeu: — Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. Jo 14.6. Confessar Jesus como a verdade é aceitar seu caminho como totalmente autêntico verdadeiro no sentido de confiável.

Ele é digno de confiança porque Jesus é a verdade de Deus. Ele conhece Deus Pai, corresponde a Deus Pai e revela Deus Pai. “Quem vê a mim, vê o Pai” (Jo 14.9).

O caminho de Jesus é o caminho do Pai. “Ninguém chega ao Pai, a não ser por mim” (14.6).

Tais afirmações estão por trás do que veio a ser conhecido como o escândalo da particularidade, a tese escandalosa de que o Deus que é grande demais para ser compreendido e terrível demais para ser visto está de alguma forma presente, oculto/revelado no frágil palestino: “O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser” (Hb 1.3, NVI).

Por fim, o caminho é digno de confiança porque Jesus é a verdade da humanidade. Seguir o caminho de Jesus promove a prosperidade humana (shalom) e leva ao summum bonum: vida eterna e abundante.

Jesus é vida, e isso é mais do que uma questão de biologia

As Escrituras retratam a vida como algo que vai além da simples existência física. Vida é estar na presença graciosa e vivificante de Deus.

A suprema bênção da aliança no antigo Israel era estar com Deus, representado pela nuvem que cobria o tabernáculo:

“Então a nuvem cobriu a Tenda do Encontro, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo. Moisés não podia entrar na Tenda do Encontro, porque a nuvem estava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo.

Sempre que a nuvem se erguia sobre o tabernáculo os israelitas seguiam viagem; mas se a nuvem não se erguia, eles não prosseguiam; só partiam no dia em que ela se erguesse.

De dia a nuvem do Senhor ficava sobre o tabernáculo, e de noite havia fogo na nuvem, à vista de toda a nação de Israel, em todas as suas viagens” (Ex 40.34-38).

No entanto, o pecado nos aliena de Deus e, assim, da fonte da vida. Ter “vida”, no sentido teológico, é estar em um relacionamento de comunhão com Deus; ter vida é estar incluído na vida de Deus.

Por certo, a doutrina não é algo alheio à vida nesse sentido.

Na verdade, exatamente porque a doutrina está sempre relacionada à vida e somente a ela-comunhão vital com o Deus trino e uno – é que ela redunda em doxologia.

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Teologia

Teologia pública: A tarefa do Pastor / Teólogo, a realidade do Ministério e a Teologia no modo indicativo.

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Em grande parte, a teologia pública cristã é indicativa. Como diz Vanhoozer a teologia é a tentativa de colocar em palavras o que está em Cristo. Essa é outra maneira de “indicar” a verdade do evangelho: o que Deus fez, está fazendo e fará em Cristo.

Existem muitas histórias verdadeiras sobre o que está acontecendo no mundo (e ainda mais histórias falsas), mas o foco da história bíblica é o que Deus está fazendo no mundo para renovar a ordem criada: “É verdade, o Senhor ressuscitou…” (Lc 24.34).

Nada parece a mesma coisa depois do impacto da ressurreição: Deus, o ser humano, o plano de salvação, o próprio cosmo tudo precisa ser repensado.

A Tarefa da Teologia Pública

A tarefa do teólogo é expor a “sã doutrina” em palavras e ações: a verdade sobre o estranho mundo novo do evangelho. O teólogo é um representante desse estranho mundo novo pós-ressurreição, um emissário do reino de Deus que já está causando impacto no velho mundo em que muitos pensam que ainda vivem.

Ao esclarecer o que Deus fez em Cristo, o teólogo produz algo útil presta um serviço. De outra forma, pode-se dizer que o teólogo é um ministro da realidade.

Um ministro (lat., minus = “menos”) se faz menor do que o objeto ou a pessoa que está sendo servida. Pastores são teólogos públicos porque dão testemunho do que está em Cristo, e não há realidade mais fundamental do que essa.

A Palavra de Deus Não Muda Nem Falha

Se a palavra de Deus permanece mais que os céus e a terra, a Palavra viva por meio da qual os céus e a terra foram feitos permanecerá muito mais.

A medida que auxilia o povo de Deus a viver na realidade da ressurreição a nova criação em Cristo o teólogo ajuda as pessoas a ter um encontro com a realidade.

O evangelho é um indicador confiável da realidade, visto que revela a natureza, a origem e o destino, da totalidade da ordem criada.

Isso também é teologia publica: tornar conhecido “o mistério que esteve oculto durante séculos e gerações, mas agora foi manifesto aos seus santos […] Cristo em vós…” (CI 1.26,27).

Considerações Finais

A teologia pública é a apresentação em proposições e, ainda mais importante, em pessoas da realidade da nova vida em Cristo.

A igreja, o grupo daqueles que foram ressuscitados com Cristo, é a vanguarda da nova ordem criada. O exímio pastor-teólogo Jonathan Edwards diz algo muito semelhante: a finalidade da obra divina de redenção e, portanto, o propósito total da história era criar um reino para seu Filho, um povo que fosse sua propriedade especial.

Aqueles que foram ressuscitados com Cristo, a sociedade dos redimidos, são apenas as primícias dessa realidade suprema.

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