Vida Cristã
Sermão do Monte – Lealdade Inabalávael aos Valores do Reino
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TRÊS METÁFORAS (Mateus 6.19-24) Tesouro (6.19-21). “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde traça e ferrugem destroem, e os ladrões invadem e roubam. Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde nem traça nem ferrugem destroem, e os ladrões não invadem nem roubam.
Porque onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração.” Não há dúvida de que entre os tesouros na terra mencionados aqui estão as ricas vestes orientais, o tipo de roupa que qualquer traça que se preze adoraria encontrar.
A palavra traduzida por “ferrugem” pode significar exatamente isso e, portanto, estar ligada à corrosão dos metais. Mas também pode referir-se a outros tipos de deterioração e ruína. Por exemplo, pode ser uma referência a algo que devora um suprimento de grãos.
Os comentaristas mais antigos, com os quais estou de concordo, veem nesse exemplo a imagem de uma lavoura com seus produtos e provisões sendo arruinada, corroída, corrompida, deteriorada.
Lealdade Inabalávael aos Valores do Reino
Concomitantemente, os bens que não podem ser corroídos ou devorados podem ser roubados. Muitos “tesouros na terra” fazem a alegria dos ladrões, que invadem e roubam.
De fato, eles “escavam” e roubam, já que as paredes da maioria das casas da Palestina na Antiguidade eram feitas de barro cru, que se esfarelava facilmente nas mãos de qualquer ladrão com um instrumento perfurante.
Em princípio, ao usar a expressão “tesouros na terra”, Jesus estava se referindo a qualquer coisa valiosa que seja perecível ou que se perca de algum modo. Como o tesouro se perde não importa (mas, entre os meios que o consomem em nossos dias, certamente está a inflação galopante).
Os seguidores de Jesus, ao contrário, devem acumular para si tesouros no céu, onde nem traça nem ferrugem os consomem, e os ladrões não invadem nem roubam — onde não existe inflação. Esses tesouros são coisas resultantes da aprovação divina e que serão dadas generosamente aos discípulos na consumação do reino.
A maravilha dos tesouros do novo céu e da nova terra ultrapassa a nossa mais surreal imaginação. Em alguns momentos, as páginas das Escrituras nos permitem vislumbres manifestos em brilhantes metáforas, quando são empregados recursos estilísticos para nos falar de coisas que mal se podem conceber.
O Que diz as Escrituras
Outras vezes, as Escrituras extrapolam as amostras antecipadas que usufruímos aqui e retratam amor puro, um modo de vida absolutamente sem pecado, de integridade sem mácula, trabalho e responsabilidade sem fadiga.
Emoções profundas sem lágrimas, adoração sem restrição, nem desarmonia, nem fingimento e, o melhor de tudo, a presença de Deus de forma irrestrita, absoluta e pessoal. Esses tesouros não podem ser roubados nem atacados pela corrosão.
Não creio que Jesus esteja condenando todo tipo de riqueza, assim como não está condenando todo tipo de roupa. Ele não está proibindo coisas, mas, sim, o amor às coisas.
Não o dinheiro, mas o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1Tm 6.10). Jesus nos proíbe de fazer de simples bens materiais nosso tesouro, de acumular coisas como se tivessem importância suprema.
Eclesiastes, o pregador, pode nos ajudar aqui. Ele fala da construção de edifícios, ética do trabalho, sexo, fama, poder, várias filosofias e depois despreza um por um, afirmando que não passam de vaidade, de correr atrás do vento.
O dr. Harold Dressler, meu colega e amigo, convenceu-me de que a palavra traduzida por “vaidade” não deve ser entendida com o significado de que todas essas coisas são igualmente inúteis, bobagens, “vãs”, mas, sim, que são todas transitórias.
Elas são “vaidade” no sentido de que não duram, são passageiras
Tais coisas são, por assim dizer, amaldiçoadas com a temporariedade, com a transitoriedade. Quando eu morrer, levarei comigo exatamente o que trouxe para este mundo — nada. Portanto, mesmo que os ladrões e a ferrugem não ataquem meus bens enquanto eu viver, é vaidade acumular tesouros que têm esse valor tão limitado pelo tempo.
É claro que defender o que Jesus defende aqui pressupõe crer em recompensas e castigos do céu. Por isso, só quem tem fé reconhece a validade desse argumento, porque, como disse o escritor de Hebreus:
“Sem fé é impossível agradar a Deus, pois é necessário que quem se aproxima dele creia que ele existe e recompensa os que o buscam” (Hb 11.6). Porém, se sou verdadeiramente comprometido com o reino de Deus, meus valores mais importantes serão estabelecidos por Deus.
Assim como o reino já está presente, ainda que incipiente, também o discípulo de Jesus já está acumulando tesouros no céu e desfrutando deles. E, assim como o reino ainda está por vir em toda a plenitude de seu esplendor, também o discípulo de Jesus aguarda essa consumação a fim de entrar na plenitude das bênçãos que o Pai lhe preparou.
O discípulo vive pela fé, mas, dada a realidade dos objetos dessa fé, as restrições aqui expostas são razoáveis. Temos de nos perguntar (se é que, repito, posso me referir à eternidade considerando divisões de tempo) que importância terão para nós os bens transitórios atuais daqui a cinquenta bilhões de trilhões de milênios.
Trocar o eterno pelo temporário é um mau negócio, não importa com quantas lantejoulas se enfeite o temporário para torná-lo mais chamativo. Será muito triste se tivermos de seguir os exemplos de Acã, de Salomão, do jovem rico e de Demas para descobrir essa verdade por nós mesmos.
Não é apenas uma questão de receber recompensas no final. É muito mais que isso, porque as coisas que estimamos de fato governam nossa vida. O que nós valorizamos nos direciona a mente e as emoções e consome nosso tempo, pois ficamos planejando, sonhando acordados e nos esforçando para alcançá-las.
Como disse Jesus: “Porque onde estiver o seu tesouro, aí também estará também o seu coração”
Se alguém deseja, acima de qualquer coisa, ganhar muito dinheiro, comprar uma casa luxuosa, esquiar nos Alpes ou velejar no Mediterrâneo, assumir o controle de sua empresa ou comprar a do seu concorrente, construir uma boa reputação ou obter aquela tão sonhada promoção, defender uma posição política ou ser nomeado para um cargo público, será devorado por esses objetivos, e os valores do reino serão postos de lado.
Note que nenhum dos objetivos que mencionei é intrinsecamente mau, mas nenhum deles tem valor supremo. Portanto, qualquer um deles pode tornar-se mau se for considerado nosso maior tesouro e, assim, usurpar o lugar que pertence ao reino.
E a situação é muito pior quando os objetivos são de fato maus! O princípio, porém, é o mesmo: pensamos em nossos tesouros, somos atraídos por eles, nos inquietamos, medimos outras coisas (e outras pessoas) em relação aos nossos tesouros.
Infelizmente, isso é tão real que qualquer um que se examine com sinceridade consegue descobrir quais são seus verdadeiros tesouros apenas analisando seus desejos mais profundos.
No Canadá, a neve recém-caída em geral é seca e quebradiça, não úmida e pegajosa. Um campo coberto de neve recente é muito convidativo, pois cintila no sol do inverno. Não há marcas nem pegadas; temos o privilégio de andar sobre a neve e formar o desenho que quisermos.
Se fixarmos o olhar em nossos pés e tentarmos atravessar o campo em linha reta, vamos fazer uma trilha toda irregular. Se, em vez disso, fixarmos os olhos numa árvore ou numa rocha do outro lado e andarmos em direção a ela, a trilha será extraordinariamente reta.
Quando eu e Joy estávamos noivos, prestes a nos casar, morávamos em Cambridge, na Inglaterra. Gostávamos de sair às vezes para andar de bicicleta no caminho que margeia o rio Cam, usado antigamente pelos cavalos que rebocavam barcos.
Enquanto pedalávamos, a distância entre minha bicicleta e a margem íngreme do rio nunca era maior que cerca de 60 a 90 centímetros; bastava virar o guidão acidentalmente, e eu iria parar dentro d’água. Nos trechos mais largos do caminho, nós pedalávamos lado a lado, mas Joy ia pelo lado de dentro.
Se, durante a conversa, ela começasse a olhar para mim, eu tinha de frear, senão as bicicletas acabavam se enganchando ou eu caía dentro do rio.
Essas ilustrações mostram que nossa tendência é mover-nos em direção ao objeto no qual fixamos o olhar
Da mesma maneira, toda a nossa vida se move inexoravelmente para onde estão guardados nossos tesouros, porque nosso coração nos levará para lá.
Portanto, seguir Jesus fielmente significa o desenvolvimento constante de nossas afeições mais profundas: educar-nos para cultivar lealdade inabalável aos valores do reino e ter prazer em tudo o que Deus aprova.
Não admira que Paulo tenha escrito: “Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, desejem de todo o coração as coisas de cima, onde Cristo está assentado à direita de Deus.
Pensem nas coisas de cima, não nas que são da terra” (Cl 3.1,2). Ou ainda: “Ordene aos ricos do presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham a esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que nos provê abundantemente de tudo para nossa satisfação.
Ordene-lhes que pratiquem o bem, para serem ricos em boas obras, e sejam generosos e prontos a repartir. Desse modo, acumularão um bom tesouro para eles mesmos, um firme fundamento para a era vindoura, a fim de tomarem posse da verdadeira vida” (1Tm 6.17-19).
Luz (6.22,23)
A metáfora seguinte é um pouco mais difícil de entender. Jesus afirma: “Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo terá luz. Se, porém, os seus olhos forem maus, todo o seu corpo estará repleto de trevas. Portanto, se a luz que há em você são trevas, que grandes trevas serão!”.
É possível que essa ideia tenha origem no parágrafo anterior. Se for isso, os olhos são a candeia do corpo no sentido de que eles permitem ao corpo encontrar seu caminho. Seus olhos precisam ser “bons” para poderem guiar “todo o seu corpo” (uma expressão semítica que significa “você mesmo”) para o que é bom.
No entanto, é possível (e preferível, a meu ver) interpretar os versículos 22 e 23 de uma forma um pouco mais simples. O corpo todo — isto é, a pessoa toda — é representado por uma sala, ou uma casa. A finalidade dos olhos é iluminar essa sala, garantir que ela “seja cheia de luz”.
Os olhos, portanto, funcionam como a fonte de luz. Podemos pensar na única janela de um cômodo, apesar de Jesus de fato usar a metáfora de uma candeia, não a de uma janela.
Para que o indivíduo seja cheio de luz, portanto, seus olhos têm de ser “bons”
Se forem maus, se sua chama for fumacenta ou o vidro estiver sujo de fuligem, se o pavio não estiver bem aparado ou se não houver querosene suficiente, a pessoa continuará na escuridão total. Obviamente, é importante descobrir o que Jesus quer dizer não metaforicamente, ao exigir que os olhos sejam “bons”.
O adjetivo “bom”, porém, é um tanto intrigante. A palavra do original foi empregada na Septuaginta com o sentido de “sinceridade de propósito, lealdade não dividida”, daí o uso de “simples” na KJV. No entanto, entre os rabinos, “olho mau” denota egoísmo.
Nesse caso, olhos bons podem indicar compromisso com a generosidade. Ser cheio de luz é equivalente a ser generoso, e parece que isso se encaixa muito bem como ampliação das advertências do parágrafo anterior acerca do tesouro mal escolhido.
Na minha opinião, o significado que a Septuaginta dá à palavra é melhor, se julgarmos pelo contexto. Embora à primeira vista a ideia alternativa de generosidade pareça combinar bem com a ênfase do parágrafo anterior no tesouro e com a advertência do parágrafo seguinte em relação ao dinheiro, uma análise mais minuciosa revela que a adequação não é tão perfeita assim.
Os versículos 19 e 20 estão menos relacionados com riqueza financeira e generosidade do que com a escala de valores com que uma pessoa determina qual é o seu maior tesouro. Do mesmo modo, o foco do versículo 24 não é tanto o dinheiro, mas, sim, o serviço e o compromisso.
Em outras palavras, os versículos de 19-21 e o versículo 24 exigem lealdade inabalável aos valores do reino
As analogias usadas são tesouro e dinheiro. A ênfase está na sinceridade de propósito — fidelidade do coração ⦁ para com Deus.
Por isso, é muito provável que a palavra traduzida por “bons” na NIV signifique “sinceridade de propósito, lealdade não dividida” — que, contexto à parte, é a interpretação mais natural. Os olhos bons são os que estão fixos em Deus, sem se desviar dessa constante contemplação.
O resultado é o indivíduo todo “cheio de luz”. Acho essa expressão adorável
Se entendermos luz em suas conotações usuais de revelação e pureza, o indivíduo que tem olhos bons para com os valores do reino é alguém caracterizado pelo entendimento máximo da verdade divinamente revelada e pela conduta inabalavelmente pura.
Além disso, a expressão “cheio de luz” provavelmente não se limita ao que a pessoa é em si, isoladamente, mas também diz que essa pessoa será tão cheia de luz que emitirá luz. É mediante esse compromisso irrestrito com os valores do reino que os cristãos se tornam “a luz do mundo” (Mt 5.14).
O oposto é ser “cheio de trevas”, destituído de revelação e de pureza. Essas trevas são particularmente pavorosas se a pessoa se ilude. Se pensa que seus olhos são bons, quando na verdade são maus, ela se convence de que sua lealdade nominal aos valores do reino é profunda e genuína, quando na verdade é superficial e fingida.
A pessoa cujas trevas são mais densas é aquela que acredita que essas trevas são luz: “Portanto, se a luz que há em você forem trevas, que grandes trevas serão!”.
Escravidão (6.24)
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (6.24).
À primeira vista, o texto parece um pouco radical na polarização. Contudo, é preciso ter em mente duas questões para poder entendê-lo corretamente.
Em primeiro lugar, quando fala em “senhores”, Jesus não está pensando em patrões do nosso século (cuja autoridade — da maioria — é limitada pelos sindicatos de empregados), mas em algo mais próximo de senhores de escravos (embora talvez não tão estereotipados). É possível trabalhar para dois patrões; não é tão fácil servir a dois senhores.
Em segundo, a oposição entre amor e ódio é uma expressão idiomática semítica comum. Nenhuma de suas partes pode ser entendida em sentido absoluto. Odiar um dos dois e amar o outro significa tão somente que o último é o preferido, principalmente se houver alguma competição entre os dois.
Essa expressão idiomática ajuda a entender outras frases de Jesus:
“Se alguém vem a mim e não odeia seu pai e sua mãe, mulher e filhos, irmãos e irmãs — e mesmo a própria vida —, não pode ser meu discípulo” (Lc 14.26)
Em outra passagem, esse mesmo Jesus insiste em que honremos nossos pais com integridade (Mc 7.9-13). É evidente, portanto, que ele não está defendendo o ódio.
Ele quer dizer que o amor mais profundo e a principal lealdade de toda pessoa devem ser dirigidos ao Pai e ao Filho que ele enviou e que até os laços familiares devem ser considerados secundários.
Da mesma forma, Mateus 6.24 nos adverte de que em momentos de crise temos de escolher entre nossas lealdades, e só uma pode ser a principal. Um “senhor” terá a preferência. Nas crises se revela a que ou a quem preferimos servir. Então, Jesus nos dá um exemplo incisivo: “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”.
A palavra traduzida por “dinheiro” na NVI é transliterada na maioria das versões por “Mamom”. A princípio, a palavra significava “alguma coisa em que se deposita a confiança”, ou algo assim.
Considerações Finais
Por fim, não dúvida já que o ser humano em geral deposita sua confiança nas riquezas, a palavra passou a se referir a todos os bens materiais: proveito financeiro, riqueza, dinheiro. Ninguém pode se dedicar a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo.
Admitamos. Muitos de nós, quase todos, aliás, fazemos um grande esforço para encontrar um meio-termo nessa área. Quando surgem duas vagas de emprego, o fator decisivo na hora de optar por uma delas é o salário, não a oportunidade que cada uma nos proporciona de servir ao Senhor.
Compramos, sem necessidade, um carro maior e melhor ou uma casa maior e melhor com o único objetivo de nos igualarmos aos nossos amigos, parentes ou vizinhos (ou de superá-los).
Compare essa atitude com a do comentarista Matthew Henry (1662- 1714), que, quando foi roubado, voltou para casa e escreveu uma mensagem sobre isso no seu diário:
Senhor, eu te agradeço porque nunca fui roubado antes; porque, embora tenham levado meu dinheiro, minha vida foi poupada; porque, embora tenham levado tudo o que eu tinha, não era muito; porque eu fui a vítima, não quem praticou o roubo.
Matthew Henry era um homem que servia a Deus. Essas três metáforas — tesouro, luz e escravidão — unem-se para exigir lealdade inabalável aos valores do reino.

Vida Cristã
A busca pelo sentido da vida
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Todos, certamente, podemos começar a busca pelo sentido da vida com a simples verdade de que o primeiro e maior bem que possuímos na vida é a própria vida. Mas como vemos a vida e nossa própria vida?
A vida é breve, a vida é frágil e a vida é ofuscada pela morte ao final. Você vai morrer, eu vou morrer, e a morte zomba da maioria de nossas ideias e ações atuais.
Nós humanos, ao que parece, somos a única forma de vida que se coloca a pergunta “por que”. Somos os únicos que podem voltar no tempo com a memória e a história, bem como avançar nele com a imaginação e a perspectiva.
Tudo indica que somos os únicos que tem consciência da vida de forma tão ampla que podemos indagar sobre o sentido das coisas. Então não é surpreendente que a vida nos coloque questões fundamentais. O sentido de algo só pode ser entendido dentro do sentido mais amplo de tudo
Para que vivemos?
Como aproveitamos a vida que recebemos? A quem ou ao que devemos responder por nossa vida? O que significa viver uma vida bem vivida?
Se a procura de sentido muitas vezes é considerada loucura, deveríamos perguntar o que é mais louco: acreditar no sentido na forma como supomos todos os dias, procurar por sua fonte e talvez encontra-la, ou descartar a própria procura como loucura e conformar-se como uma vida sem nenhum sentido?
A verdade é que nós, humanos, somos mercadores de sentido
O sentido é tão natural para nós quanto o ar que respiramos e a terra que pisamos. Cada palavra que pronunciamos, cada ato que executamos, cada plano que elaboramos nos grita “sentido, sentido, sentido!”.
Sem sentido, tanto nossa vida cotidiana momento a momento quanto nossa vida considerada um todo seria pior do que trivial. Seria sem valor e inútil. Onde, como ou em quem podemos encontrar o sentido da vida?
C.S. Lewis nos dá reposta quando diz: “Eu descobri em mim mesmo desejos, os quais nada nesta Terra pode satisfazer. A única explicação lógica é que fui feito para outro mundo”.
A busca pelo sentido da vida
Você e eu só encontramos o verdadeiro sentido na vida em Deus e em Jesus Cristo, quando a vida se torna um fardo e sentido lembre-se: “Jesus é o Caminho a Verdade, a Vida e o sentido da vida”.
Vida Cristã
O Espírito Santo na vida cristã por Jonathan Edwards
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O Espírito de Deus é concedido aos santos verdadeiros para neles habitar como sua morada própria e permanente e lhes influenciar o coração, como um princípio da nova natureza ou de fonte divina e sobrenatural de vida e ação.
A Escritura diz que o Espírito Santo não somente move e, ocasionalmente, influencia os santos, mas também habita neles como seu templo, morada própria e lugar perpétuo (1Co 3.16; 2Co 6.16; Jo 14.16,17).
A Escritura afirma que o Espírito está nessa morada tão unido às faculdades da alma que passa a ser aí um princípio ou uma fonte de nova natureza e vida.
Por isso se diz que os santos vivem por Cristo, que neles vive (G12.20).
Por intermédio de seu Espírito, Cristo não só está neles, mas também vive neles, para que vivam mediante a vida de Cristo; o seu Espírito está de tal modo unido a eles como princípio vital dentro deles que esses santos não apenas bebem a água viva.
Mas também “essa água viva se tornará” na alma deles um manancial ou fonte de água “a jorrar para a vida” espiritual e “eterna” (João 4.14), sendo, portanto, um princípio vital no interior deles. O próprio Evangelista explica que essa água viva refere-se ao Espírito de Deus (João 7.38,39).
Conclusão
A luz do sol da justiça não só brilha sobre eles, mas também lhes é comunicada para que brilhem igualmente e se tornem pequenas imagens desse sol que sobre eles resplandece.
A seiva da videira verdadeira não só é transportada no interior deles como a seiva de uma árvore é transportada no interior de um vaso, mas também circula como a seiva que sai do tronco da árvore para um de seus galhos vivos, onde passa a ser um princípio vital.
Uma vez que o Espírito de Deus é comunicado e unido aos santos, estes passam a ser chamados espirituais.
Vida Cristã
Tempos difíceis | A oportunidade de transformar vidas
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Como seres humanos, temos a tendência a acreditar que a vida deveria ser fácil. Isso é um problema principalmente nas sociedades modernas. Esperamos ter um caminho suave e fácil para o sucesso.
Esperamos que a vida seja livre de problemas. Esperamos que o governo resolva os nossos problemas. Esperamos receber o prêmio sem ter de pagar o preço. Essa não é a realidade! A vida é difícil.
No livro (As maiores lições da vida), Hal Urban escreve:
Quando aceitamos que a vida é difícil, começamos a crescer. Começamos a entender que todo problema também é uma oportunidade.
É então que cavamos mais fundo e descobrimos do que somos feitos. Começamos a aceitar os desafios da vida. Em vez de permitir que nos derrotem, damos as dificuldades boas-vindas a elas como um teste de caráter e as usamos como uma forma de nos elevar acima das circunstâncias.
É especialmente importante que os líderes reconheçam e abracem essa realidade. Nada que vale a pena vem sem esforço.
É por isso que o psiquiatra M. Scott Peck inicia seu livro A Trilha Menos Percorrida com as palavras “A vida é difícil”.
Se não entendemos e aceitamos a verdade de que a vida é dificil, que liderar é difícil, então nos predispomos ao fracasso e não aprendemos nem temos êxito.
Como líderes, ainda que estejamos dispostos a admitir diante das pessoas que a vida é difícil, no íntimo esperamos secretamente que essa verdade não se aplique a nós. Mas ninguém escapa dos problemas, fracassos e desafios da vida. Se quisermos progredir, precisamos fazer isso através das dificuldades do caminho; ou como disse o poeta Ralph Waldo Emerson: “O caminhar do homem é caindo para a frente”.
AS VANTAGENS DA ADVERSIDADE
Os bons líderes entendem que a adversidade e os desafios são na verdade oportunidades de crescer a liderança.
- A Adversidade nos Apresenta a Nós Mesmos
A adversidade sempre chama nossa atenção. Não podemos ignorá-la. Ela nos faz parar e olhar para a situação ao redor e para nós mesmos também, se tivermos coragem. A adversidade cria uma oportunidade para a autodescoberta.
Como disse o grande líder egípcio Anwar el-Sadat: “Os grandes sofrimentos edificam o ser humano e o colocam ao alcance do autoconhecimento”. Creio que isso é verdade, se nós o abraçarmos.
Em seu livro “O Homem É Aquilo que Ele Pensa”, James Allen diz : “A circunstância não faz o homem; ela o revela a si mesmo”.
- A Adversidade é Melhor Mestre que o Sucesso
A adversidade chega até nós como uma ferramenta de ensino. Você provavelmente já ouviu o ditado: “Quando o aluno estiver pronto, o mestre virá”. Isso não é necessariamente verdade.
Com a adversidade o mestre virá, quer o aluno esteja pronto ou não. Aqueles que estão prontos aprendem com o mestre, aqueles que não estão não aprendem.
Oprah Winfrey aconselha: “Transforme suas feridas em sabedoria”.
E os líderes só podem fazer isso quando têm a mentalidade correta.
- A Adversidade Abre Portas para Novas Oportunidades
Uma das maiores lições que aprendemos como líder é que a adversidade geralmente é a porta para a oportunidade.
Os bons líderes sabem isso instintivamente, mas a maioria das pessoas foi treinada para considerar a adversidade de maneira errada.
Como observou o conferencista Kim Kiyosaki:
“Desde o jardim de infância, a maioria de nós é ensinado que os erros são ruins. Com frequência você ouve: ‘Não erre!’. Na verdade, a maneira de que aprendermos é cometendo erros.
Um erro simplesmente lhe mostra alguma coisa que você não sabia. A partir do momento em que comete o erro, você passa a saber.
Pense na vez que você tocou em um forno quente (o erro). Por ter cometido esse erro, você aprendeu que se tocar em um forno quente você se queima. Um erro não é ruim; ele está ali The ensinar alguma coisa”.
Muitas pessoas, quando enfrentam adversidades, permitem que isso as deprima. Em vez disso, elas deveriam olhar para o benefício ou a oportunidade por trás delas.
Quando você enfrenta tempos difíceis, costuma ver as oportunidades? Você procura maneiras de aproveitá-las?
- A Adversidade Pode Escrever Nossa História se Tivermos a Reação Correta
Alguns líderes tratam a adversidade como um trampolim, outros como uma lápide. A diferença na maneira como eles a abordam depende de como a veem. O psicólogo de performance Jim Loehr disse:
“Os campeões nos ensinaram a pegar uma experiência e basicamente escrever a história de seu efeito. Se você vê uma falha como uma oportunidade de aprender e melhorar, assim será. Se você a encara como um golpe mortal, assim será. Desse modo, o poder da história é mais importante que a experiência em si”.
Se reagir corretamente à adversidade, você a verá como algo que pode ajudá-lo a tornar-se melhor do que antes. Anos atrás, li um poema de James Casey chamado (Escale a Subida Íngreme). A primeira estrofe diz:
“Por cada colina que tive de escalar
- Por cada pedra que veio os meus pés a machucar
- Por todo o sangue e suor a gotejar
- Pelas tempestades que cegou e o calor a queimar
- Minha alma canta com gratidão
Estas foram as coisas que fortaleceram meu coração”.
Que tipo de história os tempos difíceis vão escrever em sua vida? Todo líder tem a chance de ser o herói de uma história com potencial para ser grande. Alguns se levantam para assumir esse papel, outros não. A escolha é sua.
Bons líderes veem as oportunidades e as agarram. Eles estão continuamente atentos em busca de maneiras para ajudar suas organizações e promover suas equipes.
Os autores sobre temas de liderança James M. Kouzes e Barry Z. Posner assemelham os líderes aos colonizadores que fundaram os Estados Unidos ou dominaram a fronteira do oeste.
Eles escrevem: “Os líderes são pioneiros – pessoas que estão dispostas a ingressar no desconhecido. Eles são pessoas que estão dispostas a correr riscos, a inovar e experimentar a fim de encontrar novas e melhores maneiras de fazer as coisas”.
Os líderes, por definição, estão à frente. Eles conquistam novos territórios e os outros os seguem. Os grandes líderes não apenas enviam outros nos tempos de dificuldade. Eles lideram o ataque. Eles são mais como guias turísticos do que como agentes de viagens. Eles veem as oportunidades, preparam-se para avançar e depois dizem: “Sigam-me!”.